Ontem, eu matei minha namorada.
Foi um pouco triste, um pouco bom, um pouco nada.
O seu olhar em meus olhos em seus últimos suspiros de vida gritavam sua indiferença quanto sua morte.
Ela estava caída no chão, em poucos momentos o sangue que saia do pescoço começava a se confundir com os seus cabelos.
Nós sabíamos que uma chegaríamos a isso, era um ou outro.
Ela era como uma droga para meu corpo, uma cocaína que cheirava e me sentia alegre, eu podia estar bem, mais uma pequena dose era só para saciar um prazer, prazer que sempre fazia falta.
Um prazer rápido, que durava só por aquele curto período de tempo.
Um de nós tinha que morrer, e foi ela.
Vou sentir falta as vezes, mas é melhor assim.
É melhor se despejar das drogas da vida antes que elas despejem teu coração em um abismo sem fim.
O dia que matei minha namorada foi assim;
Não foi só ela que morreu, mas sim parte de mim.