A queda

Eu senti em meu rosto e minha visão apagava, o vento trazia meu cabelo para o rosto, eu sentia dor, mas aos poucos ela era anestesiada, eu levantei meus braços e tentei alcançar, era engraçado, eu via, claramente em minha frente, mas quando ia tocar, desaparecia. Uma ilusão, eu pensava. Foi então que notei, eu errei, estava no alto do precipício, confiei em minha visão mas fui iludido. Eu troquei o altar, dei as costas, e quando dei por mim, me empurraram.
Foi assim, então percebi de fato, fechei os olhos devagar e deixei-me cair, achei que era o fim, senti que estava prestes a morrer, perguntei mesmo sem voz se não tinha perdão, e cai mais, ouvia as ondas batendo nas pedras, respirei fundo pois sabia que estava tudo prestes a acabar.
Quando então senti, senti que a rocha não me tocou, senti que parei de cair, se antes sentia frio, agora não tinha mais, notei que estava em braços que me davam segurança.
Então ouvi que fui salvo pelo seu perdão, que estava ali, por que Ele se importa muito mais em como estamos com eles, que qualquer outra necessidade meramente humana.
Entreguei de novo, descansei.
Pois agora com Deus estou, e ele é meu Pai que me guia e segura